Santo do dia: SS. Dinís, bispo, e Companheiros, mártires de Paris

Publicada em 

9 de outubro de 2025

às

11h27

Dionísio foi o primeiro Bispo de Paris, no século III, onde lhe foi dedicada a Abadia de Saint Denis. Foi enviado a evangelizar a Gália, junto com o diácono Rústico e o presbítero Eleutério, ambos decapitados. O Bispo levou seus restos mortais para Paris, antes de receber também a palma do martírio.

S. João Leonardi, fundador dos Clérigos Regulares da Mãe de Deus

João nasceu em Diecimo, província de Luca, no seio de uma família modesta de latifundiários. Sua vida parecia estar orientada para a profissão de boticário, como era chamado um farmacêutico na época. Porém, de repente, se abateu uma grave crise sobre a sua cidade. Assim, junto com o grupo que frequentava, chamado “Colombinos”, leigos comprometidos em viver como autênticos cristãos, ele se dedicou à ajuda dos pobres. Desta forma, amadureceu sua vocação ao sacerdócio e foi ordenado em 1571.

Apóstolo da Reforma

Como sacerdote, João compreendeu, imediatamente, que a prioridade na sua vida era educar as crianças à fé. Então, experimentou um método inovador de ensino do Catecismo, que levou o Bispo de Luca a adotá-lo em todas as igrejas da cidade. Até os adultos participavam das suas aulas, atraídos pelo seu modo de transmitir a Palavra. As iniciativas eram tantas, que João precisou de ajuda: assim nasceu a Companhia da Doutrina Cristã, dirigida por leigos, que, em 1574, se tornou família religiosa, a Irmandade dos Sacerdotes Reformados, que, no fim, foi chamada com o nome atual de Clérigos Regulares da Mãe de Deus. João era um grande reformador, que se destacou em meio àquela onda de novidade, existente no seio da Igreja católica do seu tempo. Porém, como se sabe, os inovadores nem sempre são bem vistos.

“Inimigo da pátria”

Os pregadores hereges, que não faltavam na época, começaram a tomar João como alvo, apoiados também por sacerdotes e leigos, que não compartilhavam da sua obra reformadora. Assim, em 1584, aproveitando da sua viagem a Roma, o baniram para sempre da cidade, como inimigo da sua pátria. No entanto, a situação não mudou, nem mesmo depois da investigação, por ele solicitada. Voltando a Roma, João foi enviado pelo Papa como Visitador apostólico e reformador dos mosteiros beneditinos: os que tinham menos de 12 membros foram supressos; uniformizou os móveis, as roupas e a alimentação, em coerência com o voto de pobreza; e deteve as ingerências leigas na vida dos monges.

Missão da “Propaganda Fide”

Com o tempo, a João foi confiada a pastoral da igreja de Santa Maria “in Portico”, onde introduziu o ensino regular da Doutrina cristã. Entre 1607 e 1608, com outros sacerdotes, instituiu uma nova Congregação masculina, com o objetivo específico de propagar a fé cristã entre as populações, que ainda não a conheciam. Assim, nasceu o núcleo que, depois, se tornou Colégio Urbano de Propaganda Fide, do qual é considerado cofundador.
João Leonardi faleceu em 1609 e foi canonizado por Pio XI, em 1938. Entre seus escritos, deixou o Memorial a Paulo V, sobre a reforma geral de toda a Igreja, com o qual promovia a realização de Sínodos nacionais, a restauração da Catequese das crianças e a renovação do Clero, premissa necessária para a mudança do laicato.

Oração dos catequistas:

São João Leonardo, amigo e irmão,
faça com que possamos nos comprometer como você
na escuta e no anúncio da Palavra divina.
Que seu testemunho de servo fiel do Evangelho
seja modelo para a nossa vida de cristãos e catequistas.
Acenda, em nossos corações, a caridade evangélica;
concede-nos a sabedoria dos pequeninos;
infunde em nós a paciência dos arautos do Evangelho.
Que tudo contribua em nossa vida
para que o Senhor Jesus seja conhecido, amado, servido, testemunhado.
Faça com que possamos permanecer fiéis
ao encontro com Cristo no Sacramento da penitência e da Eucaristia,
para cultivar em nós o dom do amor sem medida.
Que Maria, Mãe de Deus, nos indique o caminho evangélico
da semente oculta, que produz muitos frutos.
Amém.

S. Abraão, patriarca

Abraão, descendente direto de Sem – um dos três filhos de Noé, – viveu com seu pai Taré e toda a sua família em Ur dos Caldeus, uma cidade na Baixa Mesopotâmia, atual Iraque. A sua descoberta gradual de amizade com o único e verdadeiro Deus, – que deu início à história dos Patriarcas de Israel, ao longo dos séculos XIX a XVII a.C., – é narrada no livro do Gênesis.

Homem de fé

O idoso Taré deixou Ur, com seu filho Abraão, sua esposa Sara e seu neto Ló, filho do seu falecido irmão Aram, para se dirigir à Terra de Canaã. Chegando a Harã, estabeleceram-se ali por um longo tempo. Com a morte de Taré, que já tinha 205 anos, Deus irrompeu na vida de Abraão, chamando-o para uma missão misteriosa, à qual respondeu com imensa fé. Aos 75 anos, com sua mulher e seu neto, pôs-se novamente a caminho, levando consigo o gado e os criados, à maneira dos nômades, atravessando a Palestina, sem saber qual o destino que Deus lhe reservava. Em dado momento, Abraão e Ló se separaram: este último dirigiu-se para o Vale do Jordão, estabelecendo-se perto de Sodoma; Abraão permaneceu na Terra de Canaã, onde o Senhor interveio de novo.

Amizade com Deus

Alguns reis orientais começaram a invadir a Palestina: confiscaram os bens de Ló e o prenderam junto com sua esposa. Abraão conseguiu libertá-los e recuperar seus bens. Deus estava sempre com ele e lhe confirmou a promessa da sua grande descendência. Então Sara, esposa de Abraão, já idosa, cedeu a escrava Agar ao seu esposo, de cuja união nasceu Ismael. Assim, Abraão selou sua aliança com Deus, iniciando a prática da circuncisão, à qual se submeteram todos os homens da família. Deus apareceu novamente a Abraão, perto do carvalho de Mambré, na forma de três anjos, que lhe predisseram a maternidade de Sara, mas também a destruição das cidades pecaminosas de Sodoma e Gomorra. Somente Ló e sua esposa foram poupados; mas, desobedecendo a Deus, ela voltou-se para olhar o incêndio e se transformou em uma estátua de sal.

Pai de todos os que creem

Com o passar do tempo, Sara, finalmente, deu à luz a Isaac e fez com que Agar e Ismael saíssem de casa. Abraão ficou muito entristecido por isso, mas o Senhor prometeu uma grande descendência a ele e também a Ismael. Daí, aconteceu o momento mais dramático da vida de Abraão: o Senhor pediu-lhe para sacrificar seu filho Isaac, o filho que ele tanto tinha esperado e que o próprio Deus lhe havia enviado. No entanto, estando prestes a sacrificar Isaac, Abraão viu um anjo, enviado pelo Senhor, que lhe segurou a mão, poupando a vida de Isaac, por causa da incomensurável fé e obediência de Abraão. O Patriarca morreu com a idade de 175, na Terra de Canaã, enquanto os descendentes de Isaac e Ismael, foram, respectivamente, as estirpes de hebreus e árabes.

 

Por Vatican News

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